Dilma de Sales Barros Góes (1944-), nasceu em Paineiras, no município de Itapemirim (ES). A artista estudou Arte Decorativa no Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES); e no curso de Especialização em Tapeçaria, na Universidade Federal de Santa Maria (RS, 1973); e graduou-se com o mestrado em Interior Design, na Nesbbit School, da Universidade Drexel (Filadélfia, 1980); estudou xilogravura, no curso ministrado por Yara Tupinambás e Gianfranco, no VI Festival de Inverno (Ouro Preto, 1972); no curso de Adela Cremona Martin de Irigoyen, no Centro de Artes da UFES (1972); no curso de Estamparia Artesanal: Batik, com os professores Vinicius Costa e Jayme Guerra, ministrado no DAID - UFES (1985); no curso de Fundamentação Teórica da Obra de Arte, ministrado por Paulo Herkenhoff no IV Festival de Verão (Nova Almeida, ES), promovido pelo Centro de Artes da UFES (1992); participou da oficina Introdução às coisas e Criação Tridimensional: Trânsito do Objeto ou Lugar da Escultura, dos professores Milton Machado e Artur Lescher, no Festival de Verão (Nova Almeida, 1992); da oficina O Objeto Tridimensional como meio de Experimentação, ministrado por Shirley Paes Leme e Nuno Ramos, no VI Festival de Verão (Nova Almeida,1996), entre outros cursos e seminários. A artista tornou-se professora assistente do Centro de Artes da UFES, ministrando as Oficinas de Fibras Têxteis e Materiais, além das Técnicas de Utilização entre outros (1968-1992).
Durante três anos Góes exerceu funções administrativas como subchefe do Departamento de Artes Industriais e Decorativas, do Centro de Artes da UFES; tornou-se membro do Conselho de Ensino e Pesquisa e membro do Colegiado do Curso de Artes Plásticas, da UFES, onde atuou como subcoordenadora por quatro anos, tornando-se coordenadora do mesmo durante ano; foi membro do Núcleo de Pesquisa do Centro de Artes da UFES durante 2 anos e tornou-se coordenadora do Núcleo de Pesquisas do Centro de Artes da UFES, durante 1 ano, bem como representante do Departamento de Artes Industriais e Decorativas (DAID) no Núcleo de Extensão do Centro de Artes da UFES, durante 2 anos. A artista apresentou sua tese de mestrado no Centro de Artes da UFES (1984); elaborou seu projeto Tecelagem sem Tear aprovado pelo DAIC - UFES (1986); e completou o Curso de Aperfeiçoamento de Tapeçaria no Brasil, no Campus da UFSM (RS, 1973).
Góes participou da execução e desenvolvimento de vários projetos de pesquisas, na área têxtil (1973-1992), que encontram-se registrados na Pré- Reitoria de Pesquisa e Pós- Graduação da UFES, instituição da qual tornou-se relatora credenciada para assessoria de projetos de pesquisa (1988-). A artista participou como membro de várias comissões julgadoras de projetos de artes plásticas e industriais, bem como foi júri de concursos públicos e privados, organizados pelo SESI e pela Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Espírito Santo (1971-).
A artista ministrou Curso de Tapeçaria para Professores do Centro de Artes da UFES (1975); elaborou e executou Projeto de Tecelagem para o Campus Avançado da Parnaíba, para o Projeto Rondon, quando proferiu palestra sobre Tapeçaria Contemporânea Brasileira (1975). Góes participou como coordenadora do grupo de trabalho promovido pelo Centro de Artes da UFES (1981); do curso de treinamento de Tecnologia Educacional da Instrução, promovido pelo Centro do Brasil para o Projeto Multinacional de Tecnologia Educativa da OEA, na UFES (1982); no mesmo ano participou do projeto de extensão Tecelagem sem Tear, Técnica: Enrolado, aprovado pelo Departamento de Artes Industriais e Decorativas (DAID) da UFES (1982), que depois divulgou em curso na UFES (1983) e publicou o resumo da pesquisa na Revista Cultural da UFES (1983). Góes participou do seminário interno de pesquisa da UFES – SIPUFES; e a mostra de tecelagem internacional Art Souple Textile (Rio de Janeiro, 1984); do Encontro Nacional de Artistas Têxteis, promovido pelo Centro Gaúcho da Tapeçaria Contemporânea (CGTC - Porto Alegre, RS, 1985); da Semana da Arte em Aracruz, encontro promovido pela Aracruz Celulose S.A. - UFES (1985; 1986); do Seminário Interno de Pesquisa UFES – SIPUFES (1986; 1989); da Semana da Arte em Itaguaçú (1987); do 20O Festival de Inverno - UFMG (Poços de Caldas, MG, 1988).
Obras têxteis de Góes participaram da Exposição de Tapeçaria promovida pelo Centro de Artes da UFSM (RS), no Centro Cultural Brasil - EUA (Santa Maria, RS, 1973); da mostra no Teatro Carlos Gomes (Vitória, ES, 1974); da Exposição de Tapeçarias, promovida pela Galeria Gead (Rio de Janeiro, 1974); da mostra de tapeçarias promovida pela direção do Campus Avançado da UFES (Parnaíba, PI, 1975); da Mostra de Tapeçarias, promovida no Minas Tênis Clube (1975); da Exposição de Tecelagem: Abordagem Didática, promovida pela Galeria de Artes e Perquimans - UFES, na Capela Santa Luzia, (Vitória, ES, 1985; 1986); da mostra Objetos Têxteis, promovida pela Partners of América, na Washinghton High School (Charleston, West Virginia, USA, 1991); individual, no Espaço Cultural Yázigi Internacional (Vitória, ES, 1992) e mostra de arte têxtil organizada no ateliê da artista (1992).
Dilma Góes participou de inúmeras mostras coletivas, entre as quais destacamos a Coletiva de Artistas Capixabas, promovida pelo Centro de Artes da UFES, e na Galeria Gianfranco (Rio de Janeiro, 1965); da Coletiva de Artistas Capixabas, no Banco Lar Brasileiro (Vitória, ES, 1966) e no Centro de Artes da UFES (Cachoeiro do Itapemirim, 1967); do I Salão Nacional do Pequeno Quadro, na Galeria Guignard do Museu de Arte (Belo Horizonte, MG., 1967); do II Salão Nacional de Artes Plásticas, promovido pelo MAM (ES, 1967); das Exposições de Arte promovidas pela Casa do Estudante de Cachoeiro do Itapemirim (CECI, ES) e do Centro de Artes da UFES (1972); mostra final do Curso de Aperfeiçoamento de Tapeçaria, na Galeria Guignard (Porto Alegre, 1974); da I Mostra. Brasileira de Tapeçaria, realizada na FAAP (São Paulo, SP, 1974); da mostra coletiva promovida pelo Banco da Providência no Clube Caiçaras (Rio de Janeiro, 1974); da mostra Coletiva de Professores, no Centro de Artes UFES (1976), no Museu Santa Luzia (Vitória, ES); da III Trienal de Tapeçaria, no MAM (São Paulo, 1982); participação da I Mostra de Arte Tecida, no Espaço Universitário UFES (1982); da Coletiva de Alunos e Professores da UFES (Vitória, 1983); da Coletiva de Artistas Capixaba, na Semana Cultural de Alegre (ES, 1984); da Exposição Nacional de Arte Têxtil, promovida pelo CGTC e Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa, FUNARTE e MARGS, inaugurada no MARGS e itinerante pelo Museu de Arte de Santa Catarina, em Florianópolis, seguida de sua apresentação no Museu de Arte Contemporânea do Paraná, na Fundação Cultural de Brasília, do Museu de Arte de Belo Horizonte, no Mezanino da Estação Carioca do Metrô e na FAAP, em São Paulo (1985); da Coletiva de Artistas Capybaras (São Paulo); da Coletiva de Professores na Semana de Arte Aracruz (ES, 1985); do XVII Salão de Artes, no Museu de Arte (Belo Horizonte, MG, 1985); do V Salão Nacional de Artes Plásticas Presciliano Silva (Salvador, BA, 1986); do XXXIX Salão de Artes Plásticas de Pernambuco (Recife, 1986); da I Mostra Nacional de Tapeçaria Artística de Ribeirão Preto, na Casa da Cultura de Ribeirão Preto (SP), itinerante à Casa de Cultura Professor Waldemar Antônio de Mello (Bebedouro, SP, 1988); da mostra promovida pelo Centro Paulista de Tapeçaria (CPT), conjunta com o Centro de Pesquisas Tecnológicas (IPT) da Faculdade de Tecnologia Têxtil de Americana (FATEC; Americana, SP, 1988); participação no Salão de Arte Contemporânea de Pernambuco edição 88, organizado pelo Museu do Estado de Pernambuco; da coletiva de Mini- Têxteis, realizada na Galeria Ana Terra (Vitória, ES, 1988); da I e II Mostra de Arte Têxtil de São Lourenço, promovida pela Fundação Municipal de Cultura Urdume e Trama, e realizada na Casa de Cultura (São Lourenço, MG, 1988; 1989); da Exposição de Arte Têxtil Brasil, Argentina e Uruguai, promovida pelo CGTC e MARGS, em Porto Alegre e itinerante à Argentina e ao Uruguai (1989); da Coletiva de Artistas Capixabas: UFES, Universo Revelado, na UFF (Niterói, RJ, 1989); da Mostra de Tapeçaria, promovida pela Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo da Prefeitura de Campinas, no Centro de Convivência Cultural (Campinas, SP, 1989); da coletiva de inauguração da Galeria Ana Terra (Vila Velha, ES); da mostra Arte da Fibra Contemporânea, organizada no Museu do Tecidono do Centro de Tecnologia da Industria Química e Têxtil (CETIQT; Rio de Janeiro, 1989); participação especial na Tridimensional no Espírito Santo, promovida pela Secretaria de Educação e Cultura do Espírito Santo (Vitória,no 1990); da Instalação Porto 91, promovida pela UFES, Prefeitura Municipal de Vitória e Companhia Docas do ES, realizada no Armazém 3 do Porto (Vitória, ES. 1992); da coletiva Mulher 92, no Espaço Cultural Yázigi (Vitória, ES, 1992); da mostra na 8a Semana de Artes de São Mateus, promovida pela UFES e CEUNES (São Mateus, ES, 1993); da mostra internacional Uma Visão sobre a Arte Têxtil Brasileira Hoje, realizada no Museu Rundertarn (Copenhagen, Dinamarca), itinerante ao Museu Nacional do Traje (Lisboa, Portugal), ao MARGS (Porto Alegre, RS), ao Museu de Arte de Santa Catarina (Florianópolis, 1995; 1996); da Coletânea Têxtil na Casa de Cultura Mário Quintana e na Casa de Esteio organizada pela Fundação Cultural Arte e Turismo de Esteio, em conjunto com o CGTC (Esteio, RS, 1999); da Coletânea Têxtil no I Simpósio Internacional Engenharia Têxtil (SIENTEX), promovido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN, 2000); da Coletânea Têxtil, organizada pelo CGTC (Natal, RN, 2000); da mostra Arte sobre Linho, promovida pela ACES / Braspérola, em conjunto com o Sindicato dos Artistas Plásticos, realizada no Shopping Vitória (ES, 2001); na mostra Olhares sobre o Solar, promovida pela UFES e realizada na Galeria Ana Terra (Vitória, ES, 2001).
A arte de Dilma Góes tornou-se notável dentro do panorama da arte têxtil contemporânea brasileira, por sua criação de estruturas tecidas nas técnicas pessoais que a artista desenvolveu, com a utilização de materiais tradicionalmente associados à tecelagem, como o feltro de lã cortado e montado entrelaçado e estruturado. Dilma construiu para sua mostra individual, obras inéditas em fios de fibras coloridas, empilhados e colados uns sobre os outros formando relevos, obedecendo a padrão repetitivo nas formas geométricas. A artista soube renovar-se na sua pesquisa inédita na arte brasileira e ainda ensinou suas técnicas diferenciadas na UFES, tanto em Vitória como no Campus Avançado da UFES no Projeto Rondon, e em outros cursos no Brasil. A artista participou das mais importantes mostras da Arte Têxtil brasileira, no período mais destacado do desenvolvimento da Arte da Fibra (1974 - 1994).
REFERÊNCIAS:
CATÁLOGO. Exposição Nacional de Arte Têxtil / 1985, MARGS, Porto Alegre, mostra de 24 de abril a 15 de maio de 1985, promoção do CGTC, Associação Riograndense Francisco Lisboa, FUNARTE, Sub-secretaria da Cultura, Divisão Municipal de Cultura e MARGS.
CATÁLOGO. Uma Visão sobre a Arte Têxtil Brasileira Hoje, 1995-1996, no Museu Rundertarn, em Copenhague, Dinamarca ( setembo à outubro, 1995); Museu Nacional do Traje, em Lisboa (novembro 1995 à maio 1996); MARGS, POA, RS (junho e julho, 1996); Museu de Arte de Santa Catarina, em Florianópolis (julho - ago., 1996).
Curriculum Vitae fornecido pela artista.
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