Vivian Pinto Portela da Silva.

Vivian Pinto Portela da Silva.
Vivian Silva, diploma e fotografias, uma proferindo palestra em Congresso Internacional (Xalapa, México, 2011); em 2007; com o neto John Portela Grooms (novembro, 2013). Abaixo: Jornal da Tarde, (dezembro, 1966). Fotos com a família Wallace, proferindo palestra em High-School e como Jovem Embaixadora na, Universidade de Stanford (California, 1967).

Monday, November 21, 2011

ARTISTA DO MÊS DE AGOSTO, 2011: ÉRICA EDITH WEBER TURK.(1915-2011).


A artista nasceu no Rio Grande do Sul (RS). Turk se expressou nas técnicas de aquarela, óleo sobre tela, cerâmica, xilogravura, gravura em cobre e tornou-se poetisa e escritora, em obras que quase sempre transformou em temas para obras da dita, Cultura da Fibra. A poesia de Turk, foi sempre uma poesia maior, a da vida. Turk foi viver em Porto Alegre, onde se tornou professora especializada nas técnicas de gobelin, no tear de alto liço, que estudou com o mestre da tapeçaria uruguaia Ernesto Aroztegui, no curso de dois anos ministrado no Ateliê de Astréia Guimarães. Turk tornou-se professora das Técnicas de Tecelagem (1968-1975); ela lecionou no Instituto Metodista de Educação e Cultura e no Colégio Americano. A artista manteve sempre inúmeras alunas no seu movimentado ateliê (1967-2004).

Desde a fundação do CGTC/ Centro Gaúcho da Tapeçaria Contemporânea, Turk participou como membro ativo, prestativa e sorridente; embora fosse das associadas mais idosas, manteve energia sempre invejável. No seu 80º aniversário Turk foi homenageada pelo CGTC através do boletim especial que o centro publicou, tendo sido entrevistada por sua primeira presidente, Heloisa Conceição Annes.

As obras de Turk participaram das mais importantes mostras têxteis do país, como a I Mostra do CGTC (Porto Alegre, 1981); de exposição no teatro da Fundação Cultural do Distrito Federal (1982); da III Trienal de Tapeçaria, no MAM (São Paulo, 1982), onde a artista recebeu a Menção do Júri; da 1a Mostra Experimental de Mini-Têxteis, no Centro de Cultura (Porto Alegre, 1982); da Mostra de Mini-Texteis Gaúchos (Caxias do Sul, 1982); de Mostra de Tapeçaria, no MARGS (Porto Alegre, 1983); da II Mostra do CGTC (Porto Alegre, 1983); da III Mostra do CGTC (Porto Alegre, 1985); do Evento Têxtil/ 85, no MARGS (Porto Alegre, 1985), itinerante no Brasil; do 1o Congresso de Artistas Têxteis (1985); do 1º Salão de Artes Plásticas SP - RS, na Academia de Artes e Ciências (Porto Alegre, 1987), itinerante ao Rio de Janeiro e São Paulo; da XXIII Mostra de Arte Contemporânea na Galeria Chapel (São Paulo, 1990).

Turk foi homenageada na Mostra Comemorativa dos 10 anos do CGTC, no MARGS (1990); e foi homenageada com a Mostra Retrospectiva Érica Turk, no Forum Têxtil, realizado no MARGS (Porto Alegre, 1993). Obras da artista participaram do Projeto Transfronteira, Homenagem a Ernesto Aroztegui, realizado na Usina do Gasômetro (Porto Alegre), itinerante ao Uruguai e ao Museu de Arte de Santa Catarina (Florianópolis, 1995-1996), entre inúmeras outras mostras.

Turk expôs internacionalmente no Textilmuseum (Heidelberg, Alemanha, 1984); no Primeiro Encontro Brasileiro - Uruguaio de Tapeçarias [Primer Encuentro Brasileño-Uruguayo de Tapices] na Galeria Latina (Montevidéu, 1987). Turk participou com quadrado tecido do Projeto Itinerante da Colcha da Paz [The Peace Quilt], obra quando completa participou da mostra inaugural no Centro Internacional de Convenções (Durban, África do Sul), país por onde a exposição itinerou, visitada por milhões de pessoas. A obra foi concebida como muro da paz, construída pedaço por pedaço por artistas de todo o mundo (1996).

As obras de Turk perticipam de coleções particulares de arte, como da Pinacoteca do Colégio Americano, do acervo do MARGS (Porto Alegre, RS). Turk escreveu o livro Tapeçaria de Arraiolos - Manual (Porto Alegre: Renasçenca, 1999). A artista se encontra citada no livro de Rita CÁURIO (1985): ArTêxtil no Brasil: Viagem pelo mundo da Tapeçaria. Rio de Janeiro: Texaco do Brasil, Santista Têxtil, 1985) e citada por Renato Rosa e Decio Presser no Dicionário de Artes Plásticas do Rio Grande do Sul (Porto Alegre: UFRGS, 1997.

A obra contemporânea de Erica Turk promoveu o resgate nas técnicas têxteis dos prédios históricos do Rio Grande do Sul, cujas fachadas foram reproduzidas na técnica de Gobelin. Uma dessas obras foi premiada na III Trienal de Tapeçaria (MAM - São Paulo, 1982). Turk renovou suas técnicas através da obra apresentada no Evento Têxtil 85, quando participou com Deslocamento (1984), na qual a artista apresentou detalhes arquitetônicos fracionados na serigrafia estampada sobre linho (160 cm x 240 cm); e apresentou na IV Mostra do CGTC a sua Releitura Fahrion (1987, serigrafia/ tecido, 60 cm x 80 cm), onde mostrou suas duas imagens: da artista mais velha com o reflexo de sua imagem jovem no espelho, na releitura de sua própria identidade face à passagem do tempo.

Na mostra retrospectiva Forum Textil (1993), Turk apresentou várias obras como Farmácia Carvalho (1981); Capela dos Passos (1983), Travessa dos Venezianos (1984); Bruxa Show (1989) e Capela do Bonfim (1990), criadas na tecelagem de alto liço. A artista posteriormente trabalhou sobre as imagens do prédio tombado dos Correios e Telégrafos (Porto Alegre, 2002).
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REFERÊNCIAS SELECIONADAS:

CATÁLOGO. Exposição Nacional de Arte Têxtil/ 1985. Porto Alegre: MARGS, 1985.

CATÁLOGO. IV Mostra do CGTC. Porto Alegre: Prefeitura Municipal, 1987.

CATÁLOGO. Forum Têxtil. Porto Alegre: UFRGS, 1993.

CATÁLOGO. Projeto Transfronteira. Montevidéu: Ministério da Educação e Cultura do Uruguai, 1995-1996.

CURRICULUM VITAE fornecido pela artista

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