Berenice Valéria Gorini nasceu em Santa Catarina, onde vive, mas ficou bastante conhecida no Rio Grande do Sul, onde viveu grande período de sua vida. A artista estudou pintura no Instituto de Artes, UFRGS, Porto Alegre; cursou licenciatura em desenho na Faculdade de Filosofia da PUC; pintura na Academia de Belas Artes, em Roma; Tapeçaria na Universidade Federal de Santa Maria (RS); e escultura na Universidade Estadual do Colorado, nos EUA.
Gorini expôs em mostras como no Salão da Cidade de Porto Alegre (1959) e no Instituto Francisco Lisboa (Porto Alegre, 1960); nas mostras internacionais de pintura de Ciociaria (1962), Sperlonga, Minturno-Scauri, Priverno (1963) e de Bracciano (1964), todas na Itália; no I Salão de Artes Visuais da UFGRS (Porto Alegre, 1970); na Galeria Iberê Camargo (Santa Maria, RS, 1972); na I Mostra da Tapeçaria Brasileira, no Museu de Arte Brasileira, da FAAP (São Paulo, 1974), na I Trienal de Tapeçaria, no MAM (São Paulo, 1976); no I Encontro Sul Americano de Tapeçaria (Buenos Aires, Argentina, 1977), na sala Mito e Magia, na I Bienal Latino Americana da Fundação Bienal (São Paulo, 1978); na II Trienal de Tapeçaria, no MAM (São Paulo, 1979); na XV Bienal Internacional (São Paulo, 1979); na mostra Tapeçaria Brasileira, no Museu de Arte Decorativa (Buenos Aires, 1980); na Mostra Internacional de Arte Têxtil (Linz e Viena, Áustria, 1981); na mostra 100 Anos de Arte no Rio Grande do Sul (Porto Alegre, 1983); no IV Salão Michoacano de Arte Têxtil (Michoacan, México, 1985); na Artes da Fibra [Fiber Arts] (Indiana, EUA, 1987); no Festival Latino-Americano de Artes Plásticas, no MARGS (Porto Alegre, 1988); na Bienal de Havana (Cuba, 1989); no Panorama Catarinense do Volume 90, no MASC (Florianópolis, 1990); na coletiva Cores e Dores, no MARGS (Porto Alegre, 1991).
A artista expôs individualmente em Florianópolis (1967; 1972; 1986; 1988) e foi homenageada com retrospectiva no Museu de Arte de Santa Catarina (Florianópolis, 1996). Gorini expôs individualmente no Rio Grande do Sul (1975; 1989; 1993) e na Universidade Federal de Santa Maria (RS, 1987).
Gorini recebeu Medalha de Bronze em mostras internacionais de pintura em Priverno e Minturno, Scauri (1963); a Medalha de Prata, na mostra em Sperlonga (Itália); o Prêmio Revelação, na I Trienal de Tapeçaria, no MAM (São Paulo, 1976) e foi homenageada com Sala Especial no Salão Universitário de Santa Catarina (Florianópolis, 1984).
A obra da artista resgatou de forma conceitual as técnicas de entrelaçamento, trançados e cestaria brasileiras, com a qual Gorini construiu vestes gigantescas do universo fantástico de fios de fibras vegetais, que, imbuídas da memória têxtil ancestral e nacional, criou ambiente místico pleno de magia de estética até então inédita na arte brasileira e sem nada a dever técnica e conceitualmente às grandes obras internacionais da Arte da Fibra. Estas estruturas têxteis marcaram a carreira de Gorini, e a destacaram como artista proeminente das vanguardas brasileiras. A artista construiu esculturas nas técnicas de cestaria, e de entrelaçamento de fibras rígidas, em arte telúrica que expôs, com o sugestivo título Da Semente e da Terra, na Galeria Tina Zappoli (Porto Alegre, 1989).
REFERÊNCIAS:
\Catálogos das mostras e dados curriculares fornecidos pela artista.
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